5.29.2014

Cafona talvez, fora de moda nunca.

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Antigos modismos sempre voltam, a moda tem dessas coisas e todos sabem disso! Mas sempre quando volta uma peça de determinada década, os times prontamente se dividem, aqueles que amam e os que odeiam. Sempre tem aquela galera que torce o nariz, xinga a peça e a pessoa de tudo quanto é nome, mas basta a atriz ou o ator da novela das 8 usar, para que os estoques das lojas do Saara esgotem as suas versões inspireds.

Pensando nisso, listei algumas peças que voltaram com tudo, mas só os moderninhos e os ousados, como eu, estão investindo.

Papete - Me lembro de quando eu era uma linda criança e não tirava as minhas papetes do Seninha! Ia para todo o canto, em dias de sol ou de chuva. 
A Prada desfilou uma versão chic da papete no desfile feminino, mas ela é tão masculina que depois que vi o Pelayo Dias, do Katelovesme.net, usando uma, me rendi de amores por ela. É uma pena eu não ter tantas dilmas para adquirir uma.

A versão da papete que está nos pés dos cariocas é uma no modelo slide que se chama birken , com duas tiras e fivelas. A minha ficou guardada por anos,
esperando uma volta, mas preciso aposentá-la e colocar outra no lugar.
A combinação desse modelo de papete não é nada complicada, é um modelo que os hipongas adoram, bastam uma camisa bem legal e uma bermuda bem intencionada que você já pode se sentir pronto para um passeio na orla.

Pochete - Já a alguns anos versões de pochetes e cartucheiras têm sido desfiladas nas passarelas das maiores marcas do mercado mundial. Mas percebo que isso é uma tendência de consumo e comportamento, quando vejo as classes mais baixas usando modelos originais de pochete. 
Há alguns dias estava andando na região da Central do Brasil, vi umas 4 pessoas, jovens e velhos, homens e mulheres usando pochete, um modelo mais comum que o outro, mas diferentes em matérias e formatos. 

Voltando ao mundo fashion, percebo que esse é o tal do modismo, e assim as versões mais fashions e divertidas vão surgindo.
Se você curte essa volta da pochete, não se estresse para tentar combinar esse acessório polêmico. Uma tee bacana e uma calça básica já basta, a pochete é a sua peça chave.

Blazer colorido - Essa semana entrei em uma conversa no facebook que comentava sobre marcas que fazem coleções datadas, como uma coleção para a Copa. Um blazer azul de veludo foi super criticado por diversos motivos, mas eu, que sempre adoro uma excentricidade, defendi o tal blazer. Nos anos 80 blazers coloridos eram mais que sucesso, e talvez esse ódio por eles veio por causa dessa época mais "brega" da história.
Animal print - O animal print é complicado, porque além de ser novidade para nós meninos, é um exagero por si só. Gosto dessa provocação causada pela sensualidade que tem o animal print, mas como já disse, ele é too much, todo cuidado é pouco. A combinação tem de ser cautelosa e esperta para não cair na feminilidade e ficar com cara de afetado. Uma peça de animal print vai muito bem com uma peça mais forte, como uma jaqueta de couro.
Macacão/ Jardineira - Assim como as pochetes, o macacão vem lá dos anos 90, e os anos 90 ainda vão nos acompanhar por outros muitos meses. Tenho uma memória afetiva forte quando o assunto é macacão/jardineira. Por mais que não seja uma peça complicada de se usar, hoje ela ganhou o status de cafona. Sim, pode ser, talvez. Mas tem seu charme e eu super curto.

5.19.2014

JOB - Tropicaliente

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Desde os meus primeiros suspiros pelo mundo da moda, a área de produção sempre me atraiu. Ficava louco com as competições da Temporada de Moda Capricho, era o meu sonho fazer parte do reality, mas não tinha idade e nem escolaridade suficiente para me candidatar. A alguns meses  tive a oportunidade de poder colocar os meus planos de ser um produtor de moda em prática!
Nesse último trabalho que foi publicado pela revista OFLU, do jornal O Fluminense, de Niterói, o tema foi Tropicaliente, que mistura o movimento tropicalista das décadas de 60 e 70 com o esporte.  Foi o máximo fazer esse trabalho, foi um dos mais divertidos e espero fazer mais editoriais assim. Sem contar que pude participar de uma equipe mais que maravilhosa, mais que perfeita. Os modelos foram incríveis, com destaque para o top modelo e amigo Lipe Faria.

Créditos - Revista OFLU - Jornal OFluminense
EDITORIAL: Tropicaliente
FOTOS: Priscilla França
PRODUÇÃO: Alessandra Teixeira
ASSIST. PROD.: Daniel Kalleb
BELEZA: Bárbara Erthal Serrano
MODELOS: Noliany Araujo e Lipe Faria





Para quem quiser ver os meus outros trabalhos, clique no botão Portfólio, bem na parte superior do blog. 

5.12.2014

Lookbook - Ipanema

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Neste último sábado, eu e minha turma linda e maravilhosa da Casa Geração Vidigal fomos convidados para assistir uma palestra com a Katia Wille, estilista da marca Zigfreda, na Casa Ipanema, a flagship store da marca de chinelos Ipanema. O lugar é super magia, tem tudo a ver com a energia praiana do bairro e da marca.
Usei um look para enfrentar o dia todo! Como eu saio de casa cedo e chego só a noite, fiz aquele efeito cebola: uma jaqueta, uma camisa, mais uma camiseta polo. Qualquer coisa saio tirando tudo... hahahahaha!!!!!!



Boné - Dresslily Óculos - Aliexpress  Jaqueta - Brechó Camisa - Sandpiper Calça - Riachuelo Polo - Riachuelo Tênis - Nike

5.11.2014

Calça Jeans - Uma peça que movimenta o mundo.

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Com um tecido resistente, que se for do bom pode durar décadas, o jeans é um acumulador de memórias, que vive histórias e relatos que valem ouro.
Em Janeiro deste ano, vi um documentário contando um pouco sobre o Jeans (você pode ver um trecho aqui), e percebi que assim como a moda, o jeans pode contar a história do desenvolvimento humano conforme o passar do tempo. Mas antes de falar de marcas e tendências, não podemos deixar de citar o criador da calça jeans, Lévi-Strauss.



Ao perceber que as calças dos mineradores da corrida do ouro, na Califórnia em 1853, se desgastavam facilmente, teve uma brilhante ideia para tirar a lona encalhada do estoque de sua loja, onde vendia de tudo, até tecidos. Resolveu então fabricar calças de lona! A lona era um material muito procurado na época, usado para a fabricação de tendas, sacolas, cobertura para carroças e outras coisas mais. Por que não fazer calças para esses trabalhadores que precisavam de calças mais duráveis?


Como a lona era incômoda, Lévi começou a correr atrás de uma nova matéria prima, para que o uso fosse mais agradável, que tivesse flexibilidade, mas com a mesma resistência da lona. Depois de muita pesquisa e muitas tentativas, chegou à solução do Denim, tecido original da cidade francesa de Nîmes, que misturava seda com lã! Depois de um tempo passou a ser fabricado somente com algodão.

Com a pendenga resolvida (de ter um produto agradável de se vestir e ter durabilidade), mesmo assim não estava 100% satisfeito com as peças. E foi em 1872 que Lévi-Strauss conheceu um fabricante de capas e celas para cavalos, chamado Jacob Davis, que deu uma ideia para o reforço nos bolsos com rebites de cobre, os mesmos que usava para reforçar as rédeas de cavalo que fabricava. Os rebites de cobre viraram a marca registrada dos jeans de Lévi, juntamente com o icônico tom índigo de azul, introduzido no processo de criação em 1890.

E a partir daí as calças jeans ganharam status, passaram de roupa de peão para item de desejo nas melhores grifes. A Levis (marca criada por Lévi-Strauss) foi a incubadora, depois do hype outras marcas foram surgindo, como a Calvin Klein, a primeira a colocar a peça na passarela na década de 70, a Diesel, que ficou conhecida por vender os jenas deluxe, a Gstar, que ficou conhecida como o jeans colture.


Em solo brasileiro temos ótimas marcas para citar! A JOHN JOHN que todos pensam que é gringa mas é brazuca, começou como uma fornecedora de jeans e agora é uma marca com outros tipos de peças e tecidos, mas o jeans ainda é seu maior sucesso! Temos a Blue Man, que não uma marca que vende calça, mas ganhou fama por transforma o jeans em biquíni (orgulho carioca!). Temos também a Dijon, que era uma Farm da vida, só que do ramo do jeans na década de 70. Quem tinha uma calça da marca queria ostentar a plaquinha dourada que vinha na parte traseira da calça. Não posso esquecer de mencionar a finada Yes Brasil, que foi uma super queridinha das cariocas nas década de 70 e 80. Outra marca brasileira que fez seu nome no mundo do jeans é a ELLUS, que começou com um processo bem fundo de quintal, feito no meio de uma comunidade hippie na década de 70, e hoje é uma das grifes de mais sucesso do Brasil.
Nas décadas de 60 e 70 o jeans era usado como ato de rebeldia pelos jovens, tornou-se cool na década de 80 e virou música na década de 90 em prol de uma marca chamada Gang. Quem nunca ouviu “Calça da Gang tem que ter etiquetinha, se tiver etiquetão, foi comprada na feirinha” ou “Calça da Gang todo mundo quer. Duzentos reais pra deixa a bunda em pé.”

Hoje a calça jeans transcendeu seu motivo principal de criação, deixou de ser ato de rebeldia e agora está em todas as classes, religiões, credos e costumes. Viva o Jeans!
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