3.06.2014

QUAL É O PROBLEMA COM QUE EU USO ?


Olha a mulata passando com seu BLACK POWER estiloso de mãos dadas com seu namorado que usa cabelo rastafári, boné um numero acima, tênis de jogador de basquete com uma camisa do fluminense jogada no ombro para exibir as tatuagens e seu abdome no qual ele deve ter dado duro para poder exibir nos dias de calor acabaram de andar em direção oposta do rapaz de boina e T-shirt, logo a frente tem outro rapaz alto com um chapéu panamá, bermudão, chinelo e camiseta que esta prestes a esbarrar em um homem que esta falando com a namorada distraídos esse usa terno slim e ela um vestido balone de um floral vivo. Todas essas figuras se encontram em um lugar comum a todos no centro do Rio de Janeiro mais precisamente na Cinelândia em um dia de rotina, por ali diariamente certamente passam milhares de pessoas de diversos padrões sociais e culturais cada um com sua moda respeitando um ao outro mesmo que ninguém se conhece.
O que acontece: Existem lugares comuns a todos onde tem um respeito, pois ninguém vai ousar fazer piadas preconceituosas com as roupas de ninguém pois não sabemos quem realmente é a pessoa,  já imaginou que qualquer um daqueles indivíduos que passaram pela Cinelândia possam ser policial, advogado ou alguém que tenha influência o suficiente para fazer algo contra a sua pessoa. Esse encontro acontece no Shopping, na praia e em alguns outros lugares comuns. Agora se esses mesmos encontros acontecem na rua onde você mora talvez já não ocorra com naturalidade. Se todos aqueles personagens acima morassem em um mesmo lugar? Talvez correriam uns comentários do tipo: Aonde você vai assim com esse terno coladinho no corpo?, Olha o boêmio passando !!!, O Rapper aí galera. É comum apenas em alguns bairros. Muitas das vezes o que você veste é característico do lugar que você vive e seu comportamento na maioria das vezes se difere dependendo da sua cidade ou bairro. Algumas pessoas não sabem separar comportamento de acordo com o ambiente e isso gera um preconceito generalizado.
Educação vem de casa, independente de como alguém se veste deve haver o respeito que é parte da educação e se inclui na OBRIGAÇÃO do cidadão. E se encaixa naquela velha história de DIREITOS, DEVERES e OBRIGAÇÕES.
Sabe-se que muita da influência do estilo do brasileiro vem de fora e através de canais culturais como a mídia de áudio e visual, através de filmes, clips de sua banda preferida e revistas. Seja a ostentação dos fanqueiros que copia os Rappers americanos ou a galera indie que tem uma forma bem alternativa de se vestir copiando os cantores de folk ou os britânicos. Mas esse conceito tem mudado, atualmente não é preciso seguir tendência musical, pode segui a tendências da moda simples e pura atualmente, se você quiser vestir roupas de Grife é necessário ter um bom poder aquisitivo mas não necessariamente é preciso ficar como um outdoor ambulante com todas aquelas marcas carérrimas para se vestir bem, tudo não passa de questão de estilo. Mas tanto a mídia quanto o ignorante não perdem oportunidades de se alfinetarem, porque se a Duquesa Kate Middleton repete roupa os tabloides britânicos ou até a revista CARAS faz matéria sobre isso, e se você mora mais no subúrbio e quer ter uma identidade seus proprios amigos, pais e vizinhos tem precisam falar alguma coisa. Eu mesmo sou vitima desse preconceito local besta e ignorante, quando eu era adolescente muito antes da calça skinny masculina e dos  sneakers (tênis no estilo esqueitista e não o modelo desalto embutido de Isabel Marant) cair no gosto do brasileiro eu já tinha curtido o estilo que esteve nos EUA desde os anos 80, são claros e evidentes no estilo da banda Guns’n Roses. No Brasil ainda não faziam a calça skinny, eu comprava e ia na costureira e pedia para ela apertar e o povo sempre querendo falar alguma coisa. Teve um tempo em que cogitei usar kilt, mas resisti por respeito aos meus irmãos e minha mãe, existem coisas que estão na nossa mente que são modernas demais para o nosso bairro ou até mesmo o nosso tempo. Depois de um período aquilo vira tendência e você acaba se sentindo frustrado por não ter tido coragem o suficiente de ser percursor de uma moda. Você tem duvida que em breve os homens de nossa época irão voltar a usar saia como um dia foi na Roma ou na Grécia. Até hoje me pergunto o porque os meus pais ou meus irmãos iriam se sentirem constrangidos se eu fizesse uso das tradicionais saias escocesas se até Jesus usou uma especie de vestido. Não importe o que os outros pensem o que realmente importa ao seu respeito é o que você pensa de si mesmo e de seu estilo afinal de contas se eu desse bola para os amigos hoje seria um cidadão comum, chapéus e boinas não fariam parte de meu figurino. O engraçado de tudo é que até aqueles que falavam do meu estilo com tempo adotaram como seu também.
Espero que tenha gerado alguma mudança na mente de vocês. Como diz a Pitty "O IMPORTANTE É SER VOCÊ, MESMO QUE SEJA ESTRANHO, SEJA VOCÊ, MESMO QUE SEJA BIZARRO, BIZARRO, BIZARRO".

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